
As ações da Disney (DIS) caem após resultados financeiros que não atendem às expectativas e perdas com streaming pesam
A reviravolta da Disney depende da lucratividade do streaming—um objetivo que ainda está um tanto distante no momento.
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📌 O QUE ACONTECEU
A Walt Disney Co. (NYSE: DIS) publicou resultados do quarto trimestre que ficaram abaixo das expectativas de Wall Street. O gigante do entretenimento reportou um lucro ajustado por ação (EPS) de $0,82 em comparação com a estimativa de consenso de $0,88. A receita foi de $21,24 bilhões, perdendo as previsões de $21,33 bilhões. Apesar do crescimento em sua divisão de parques internacionais e experiências, a empresa continua a lidar com prejuízos em seu segmento de streaming e custos crescentes de conteúdo.
Disney+ perdeu 2,4 milhões de assinantes durante o trimestre, marcando o segundo período consecutivo de declínios, principalmente atribuídos à rotatividade de assinantes na Índia. A divisão de streaming registrou uma perda operacional de $387 milhões, embora isso represente uma melhora em relação a uma perda de $1,05 bilhões no ano anterior. Redes lineares também viram uma queda de receita de 9%, conforme mais espectadores abandonam a TV a cabo tradicional.
💡 POR QUE É IMPORTANTE
Os resultados ressaltam os desafios que a Disney enfrenta para alcançar a lucratividade em seu segmento Direto ao Consumidor (DTC), uma prioridade estratégica fundamental sob o retorno do CEO Bob Iger. Embora iniciativas de corte de custos e aumentos de preços tenham reduzido as perdas no streaming, o caminho para uma lucratividade sustentada permanece precário em meio a uma suavização econômica mais ampla e competição implacável da Netflix e da Amazon.
Ao mesmo tempo, a próxima transição da ESPN para uma oferta digital independente levanta questões sobre monetização e escala. A receita dos parques cresceu 13% ano a ano, atingindo $8,16 bilhões, mas esse segmento sozinho pode não compensar a fraqueza na receita de conteúdo e redes.
📈 PERSPECTIVA DE INVESTIMENTO
A Disney continua sendo uma aposta de longo prazo em mídia e entretenimento global, mas a tese de curto prazo está confusa devido a mudanças estruturais no consumo de conteúdo e pressões macroeconômicas. Cada vez mais, o sentimento dos investidores depende da capacidade da empresa de reequilibrar sua estrutura de custos enquanto cresce sua base de assinantes de streaming a um custo sustentável.
Embora o segmento de parques continue a se sair bem, o suporte à avaliação está se enfraquecendo devido ao arrasto persistente do DTC. A melhoria nas perdas do streaming é notável, mas incremental. O novo dividendo iniciado pela Disney de $0,30 por ação é um sinal positivo, mas é improvável que catalise uma forte alta isoladamente.
🎯 CONCLUSÃO
A queda da Disney no Q4 destaca a fricção contínua entre os negócios legados e o impulso em direção ao digital. Até que o streaming se torne lucrativo ou a receita comece a acelerar de forma significativa, o potencial de valorização das ações da DIS pode permanecer limitado. Os investidores podem querer permanecer na margem até que sinais mais claros de expansão de margem emerjam.
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